Desde que assumiu, o governador de Mato Grosso Mauro Mendes (DEM) está tentado colocar a máquina pública nos eixos promovendo cortes e medidas impopulares.
Chegando ao final do primeiro semestre, ele anunciou que não descarta a possibilidade de novos cortes para diminuir o déficit e enxugar ainda mais a máquina estadual.
A austeridade da reforma administrativa é necessária, na visão do gestor do executivo, caso a atividade econômica continue caindo, devido à crise nacional e sinais de retração de consumo e investimentos empresariais no mercado.
“Se entra menos dinheiro, temos que cortar mais despesas”, explicou o governador recentemente à imprensa.
O Brasil já vive há alguns anos com baixo crescimento econômico. A reforma da previdência é vista por todos como necessária para a retormada de investimentos e aumento da confiança na economia.
Vale lembrar que, a fim de gerar redução de gastos e garantir o reequilíbrio fiscal do Estado, em janeiro deste ano Mendes conseguiu a aprovação de uma série de projetos denominado “Pacto por Mato Grosso”. O objetivo do Estado é reduzir o déficit de R$ 3,5 bilhões nas contas públicas.
No total foram implementadas cinco propostas. Entre elas, a definição dos critérios para a concessão da Revisão Geral Anual (RGA) aos servidores, mudanças na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), reedição do Fundo Estadual de Transportes e Habitação (Fethab) e a medida que dá autonomia ao Mato Grosso Previdência.
Apesar da crise, a arrecadação do governo do estado tem sido crescente devido ao potencial econômico de Mato Grosso, registrando R$ 1.419.675 bilhões em fevereiro, R$ 1.447.192 em março e R$ 1.488.786.840 no mês de abril, segundo portal da transparência.
Isso mostra que o problema na economia não está ainda afetando o caixa do estado em termos de arrecadação. O desafio é cortar na "própria carne" os gastos da máquina pública, que historicamente possui déficit e ao mesmo tempo não estrangular os setores econômicos, com mais taxações e aumento da carga tributária, senão além de espantar investidores externos, o efeito começa a entrar no caminho reverso e gerar desemprego e falência de empresas, indústrias e da produção do agronegócio já instalada no estado e que tenta a todo custo sobreviver, segundo avalia o MT Econômico.
Setores econômicos já sentem os efeitos das medidas impopulares de Mauro Mendes. Nessa quarta-feira (15) uma manifestação dos produtores de soja e milho do estado cercou o prédio da Assembleia Legislativa em busca do fim da taxação do milho e destinação de melhores investimentos do Fethab. Veja mais sobre esse assunto na matéria publicada anteriormente pelo MT Econômico nesse link.