A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) avaliaram 126 produtos para o combate da ferrugem asiática. Alguns terão seus registros de alvo suspensos, outros serão mantidos, tudo com base nos laudos de eficiência e pareceres técnicos enviados pelas empresas fabricantes.
A ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi) é uma doença que atinge a soja e causa muitos prejuízos às lavouras. Em 12 anos, desde que foi descoberta, já causou mais de US$ 10 bilhões de prejuízos. Para combate-la, os agricultores devem fazer uso de fungicidas com diferentes modos de ação, conforme Roseli Giachini, 2ª vice-presidente Norte e coordenadora da comissão de Defesa Agrícola da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja).
Roseli explica que foram avaliados produtos com apenas um ingrediente ativo e que, no ano que vem, serão avaliadas as misturas. “As empresas precisam defender seus produtos, que são avaliados dentro dos critérios da comissão, formada por pesquisadores da Embrapa, Sociedade Brasileira de Fitopatologia, Ibama, Anvisa, Aprosoja Brasil, entre outros”, diz a diretora da Aprosoja.
O diretor técnico da associação, Nery Ribas, acrescenta que muitos produtos têm perdido a eficiência com o passar do tempo devido ao aumento de resistência criada pelos fungos.
Para Ribas, o processo oficial do ministério é fundamental para apresentar resultados atualizados tanto à sociedade como para os agricultores, principais consumidores dos defensivos.