O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa Selic nesta quarta-feira (5) de 2,25% para 2%.
Para os consumidores o impacto deve ser pequeno. As taxas de crédito pessoal continuam muito altas: devem cair 93,35% ao ano para 92,91% ao ano em média, segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
Em relação à investimentos, a tendência é que as pessoas migrem cada vez mais para o mercado de renda variável, visto que a poupança e os investimentos de renda fixa que já tinham baixa rentabilidade piorou ainda mais.
A poupança, por exemplo, terá rendimento anual de 1,40%. Investimentos atrelados ao CDI, como CDBs e renda fixa que tiverem retorno de 100% do CDI terão rendimento líquido de 1,65% ao ano. Vale lembrar que alguns bancos oferecem produtos com 85% do CDI, ou seja, a rentabilidade pode ser um pouco menor nesse caso.
Segundo levantamento do MT Econômico junto à Anefac, a diferença do que as pessoas ganham de rentabilidade nos investimentos e a margem que os bancos recebem é enorme.
Citamos por exemplo o cartão de crédito, que continua com taxa de juros 255,18% ao ano com a taxa Selic já reduzida para 2%. O cheque especial tem juros anuais de 128,01% e o empréstimo pessoal em financeiras 106,99%. Nesse caso, os bancos possuem a taxa um pouco menor do que as financeiras, de 45,76%, mas ainda considerada alta em comparação ao que foi citado no retorno de investimento na poupança de 1,40% e nos investimentos em renda fixa de 1,65% ao ano.